sexta-feira, março 18, 2005

Ao serviço dos utilizadores?

Uma ferramenta que há muito nos fazia falta. Mas, vai daí, e discordando o do colega Paulo, talvez tenha aparecido apenas no momento certo das nossas vidas académicas. Primeiro, não poderia ter aparecido ainda no primeiro ano do curso - ainda não existia. Depois porque talvez não tivéssemos ainda a sensibilidade e espírito crítico suficiente para trabalharmos com o scholar do google.
Conscientemente a afastar-me daquilo que nos foi pedido pelo docente da disciplina (acerca disso escreverei noutra ocasião), parece-me mais importante que nos debroçemos na nossa atitude perante estas novas possibilidades da internet e não tanto naquilo que as diferencia dos restantes instrumentos disponibilizados.
O poder não está no schoolar, mas sim na forma como o utilizamos. É verdade que podemos inumerar-lhe as vantagens e competências:
- afunila a procura, tornando-a mais especifica e [talvez] menos demorada;
- consegue-se um mais rápido acesso a documentos mais fidedignos, tratando-se de teses, investigações, monografias, obras literárias...;
- o material listado no schoolar também é apresentado na pesquisa normal;
- os resultados do schoolar não estão (por enquanto) acompanhados de publicidade...
E concerteza haverá mais a apontar, mas não sou [ainda] especialista na coisa.
Dizia eu que o poder não está no schoolar, mas sim no uso que lhe dermos. Levanta-se, novamente, a questão da ética e dos Direitos de Autor na internet. Não só não estarão protegidos de académicos sedentos de teses alheias, como os autores dos documentos disponibilizados pelo schoolar poderão, simplesmente, deixar de achar graça à ferramenta. A ideia não será essa, mas decerto que muitos estudantes se aproveitarão, premiscuamente, do trabalho alheio. E, neste caso, será prudente começarmos a pensar na educação e formação para a internet, como sugeria o Cláudio.