quinta-feira, abril 28, 2005

Mais sozinhos do que nunca

Lugar Comum? Sim. De cariz retórico? Não! Muito pelo contrário. Frases soltas como esta pedem desesperadamente respostas e consequentes perguntas novas. Ainda mais se estiverem ligadas a temáticas como o uso e o abuso das novas tecnologias. Mas o problema reside exactamente no facto de não haver agitadores de consciência que abordem e alertem para as consequências do amor cego pelos novos dispositivos de estimação. Este amor cego e viciante que a maioria das pessoas tem pelas novas tecnologias leva, inevitavelmente ao fim do convívio humano. E se pensarmos bem, porque é que havemos de confraternizar no café ou na praia, se podemos falar com quem quisermos pela Internet? Ou assistir a tudo o que se passa no mundo clicando apenas em alguns botões do comando da televisão? Ou ainda ouvir e ver pessoas que estão distantes no espaço, mas perto graças ao nosso telemóvel de alta tecnologia? Tudo isto nos foi trazido pelas novas tecnologias que assumem formas tão familiares como televisão digital, telemóvel de 3ª geração ou mesmo a Internet. Para não nos sentirmos sozinhos, já não compramos um animal, mas sim um kit de Internet ou um telemóvel novo. Mas iremos inevitavelmente por acabar mais sozinhos do que nunca.