quarta-feira, maio 18, 2005

A realidade do jogo e a realidade da vida

Serão os jogos apenas uma forma de entretenimento e de divertimento? Para mim a resposta é clara: não!
Entretenimento e divertimento podem ser as duas principais funções dos jogos, pelo menos as suas funções primitivas. No entanto os jogos evoluíram, o seu grafismo melhorou, tornou-se mais real, permitindo que o jogador recrie uma nova realidade que acaba por ser a sua.
Um exemplo básico são os jogos de corridas (ralis, fórmula 1, motas, etc). Através deste género o jogador pode tornar-se no melhor piloto do mundo. É assim possível que ele reproduza nos jogos o que não pode fazer na vida real, mas também é possível que aconteça o inverso, que o virtual se mude para a realidade.
Esta mudança pode ser perigosa em jogos como Final Fantasy. Relembro o caso de um jovem espanhol que se achava parecido com a personagem principal deste videojogo e vai daí esquartejou várias pessoas com a sua espada de samurai. No entanto, mesmo em jogos violentos podem haver vantagens. Este é o exemplo do Tekken 3. Neste videojogo de combate existem vários lutadores. Um deles luta com um estilo muito parecido à capoeira, o que permite a um indivíduo que pratique esta modalidade ver novos movimentos que pode vir a fazer.
The Sims. Este é o título de um videojogo que recria a vida real. Nele podemos fazer tudo o que fazemos no nosso quotidiano, trabalhar, ouvir música, cozinhar, comer, arrumar a casa, uma grande variedade de actos que todos os dias fazemos naturalmente. Este videojogo permite ao jogador criar a sua própria personagem e controlá-la como se de ele próprio se tratasse.
Estes são alguns exemplos de videojogos que podem passar à realidade, mas devo ainda salientar a característica didáctica e educacional dos videojogos. Tal como jogamos à apanhada em crianças, às escondidas, saltamos e corremos, também há videojogos que melhoram as nossas capacidades físicas e mentais.
Faz tudo parte de um processo educativo que se desenrola desde a nascença até ao momento da nossa morte.