quarta-feira, março 30, 2005

Novo visual

Como se pode ver, fiz uma pequena mudança no nosso blogue. Falaremos sobre isso amanhã...

Mais sobre o Google

Podem ver notícias relacionadas com o Google aqui.

terça-feira, março 29, 2005

A propósito de Google News - Un moteur rédac'chef


O texto que nos foi facultado na aula alerta-nos para um problema importante que exige alguma reflexão. A questão do sucesso e a crescente adesão do público fazem com que se desenvolvam inúmeras ferramentas para que a vida do internauta se torne mais facilitada. Neste sentido, torna-se pertinente referir o scholar ou o google news. Contudo, há que evocar a questão da selecção da informação e da sua credibilidade. A facilidade em publicar artigos, notícias, textos,..., na Internet é muito grande, logo, como saber se realmente a informação veiculada por este meio é realmente verdadeira. Temos a chamada "fórmula mágica" de selecção em França, da qual o texto nos fala, mas que pertinência terá esta ferramenta, visto que a selecção é como que filtrada de forma automática por um programa. E já agora, que credibilidade terá esse programa para dizer se um determinado artigo é mais importante que outro, ou mais verdadeiro que outro? Esta questão leva-nos, ainda, a outro problema - o da manipulação. Veja-se que, em questões de manipulação da informação, a Internet é um meio propicio a tal, actuando muitas vezes como um inimigo. Desta forma, numa pesquisa torna-se primordial uma averiguação das fontes de informação para testar a sua credibilidade. Saliente-se que ferramentas deste tipo facilitam em muito a vida de muita gente. Mas até que ponto terá esta “fórmula mágica” utilidade. A preocupação deverá incidir na investigação das fontes para saber até que ponto serão estas credíveis ou não, e se serão importantes, ou não, e não deixar essa função a um mero programa informático. Afinal de contas há que atribuir um papel muito importante á Internet, que revolucionou um mundo, que se tornou numa biblioteca ambulante que se desloca de terra em terra em questão de segundos.

segunda-feira, março 28, 2005

Jornal de Referência VS Jornal Popular - diferentes?

Comecei a consumir heroína aos vinte anos. Não tive nenhum cuidado com seringas. Nenhum mesmo. Quando comecei a consumir drogas, mal conhecia o vírus da Sida. Para mim a Sida era uma coisa de homossexuais e de actores de cinema, por isso não tinha nada a ver comigo.
Quando uma pessoa acaba de saber que é seropositiva, fica completamente absorvida por isso. O Afonso que gostava de livros ou de música, esse Afonso deixa de existir. Só existe um que é seropositivo, que vai morrer em breve, e que não sabe o que é que há-de fazer.
A consequência dos meus erros foi esta doença. Se irei morrer dela, não sei. Não quero pensar muito nisso. Claro que sinto uma certa tristeza. O VIH condiciona a minha vida em muita coisa.
As pessoas precisam de saber como as coisas são, para conseguirem calcular os riscos que correm. É a mesma coisa que eu atravessar uma estrada, existir um buraco, e não avisar quem vem atrás de mim.
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A história de Afonso, seropositivo, nunca foi contada nos jornais portugueses entre os anos de 1980 e 2000. Nem a sua nem a de ninguém. Esta é uma das principais conclusões da análise ao texto “A Sida como notícia: análise de caso sobre a cobertura jornalística da problemática VIH/SIDA nos jornais Diário de Notícias e Correio da Manhã”. (2)
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De facto, a cobertura mediática da Sida é apenas um exemplo de como uma mesma história pode ser contada ou explorada de forma diferente, em função dos seus agentes mediadores. No caso concreto dos jornais Diário de Notícias e Correio da Manhã, o trabalho de análise comparativa desenvolvido por Nelson Traquina revela uma bifurcação na abordagem à temática da Sida.
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Por um lado, o DN, jornal de referência, tem acentuado nas suas páginas, ao longo dos anos, a história médica; por outro lado, o Correio da Manhã tem preferido a história da doença que se propaga pelo mundo. Esta diferença entre os dois jornais estará com certeza relacionada com a sua própria natureza enquanto jornal de referência, num caso, e jornal popular, noutro caso.
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Apesar das diferenças teóricas entre a imprensa popular e a imprensa dita de referência, o que se verifica de uma maneira geral é uma aproximação entre estas duas formas de fazer jornalismo. Curiosamente, o DN acentuou mais os casos de escândalo que o Correio da Manhã (8% contra 4%).
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O estudo de Nelson Traquina, para além de confirmar a bifurcação já referida, revela valores-notícia semelhantes entre DN e CM, nomeadamente: proximidade, novidade, conflito, morte, concorrência, entre outros.
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Além disso o jornalismo é orientado para o acontecimento e não para a problemática em si, facto que revela a pouca iniciativa dos jornalistas na investigação e descoberta de uma notícia. Ainda assim, a participação dos profissionais existe, ainda que muito raramente.
Como nossa grande conclusão, podemos afirmar que as diferenças entre ambos os jornais, ao longo de 20 anos, são mínimas. Ambos representam a realidade, é certo, mas ambos a condicionam, dependendo dos critérios redactoriais que seguem.
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(1) Afonso Pedro, 34 anos, 3 de Janeiro de 2002 in Testemunhos, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida
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(2) TRAQUINA, Nelson, in «Media e Jornalismo», Revista Semestral - N.º 5 - Ano 3 - 2004
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Carina Ramos
Elisabete Santos
Miguel Soares
Susana Paixão

Interactividade http://english.aljazeera.net

Sendo conhecida como a CNN do Médio Oriente, a Aljazeera sediada no Qatar oferece-nos uma visão das notícias segundo um prisma cultural diferente daquele a que estamos habituados. No entanto, a sua versão Inglesa apresenta mostra-nos uma óbvia apresentação Ocidental, para o nosso entendimento, das notícias e a apresentação das mesmas.
Tal como as suas congéneres ocidentais podemos encontrar publicidades sobre algumas actividades da Aljazeera (Aljazeera TV Production Festival) e de empresas privadas (Qatar Airlines). A utilização de inquéritos de opinião na forma de “Polls” é o primeiro sinal de interactividade com os internautas.
As notícias são divididas em várias secções:
News, Economy, Culture, Sci-Tech, Special Reports, Weather e Polls. Desta forma é permitido aos internautas seleccionarem as áreas do seu interesse a visitar, caso não tenham sido chamados à atenção pelas “Top News” apresentadas no centro da página.
Ao carregar em qualquer notícia são-nos oferecidas mais hiperligações cuja temática está associada à notícia em causa. É possível reenviar a notícia para um e-mail à nossa escolha, imprimi-la ou mesmo comentar o artigo através de um formulário que nos permite comunicar com o jornalista responsável. No entanto, não existem fóruns temáticos ou gerais, nos quais seja permitido trocar opiniões com os jornalistas e outros internautas.
Outro ponto em que a Interactividade não é aproveitada no seu melhor nível é notado através da ausência de Gráficos, animações em Flash ou vídeos. As fotografias são o único meio visual oferecido ao visitante.
A ligação entre os internautas e jornalistas é acessível através de um formulário cujos destinatários são a Aljazeera.net team, Marketing e Webmaster. (Your Feedback), São-nos fornecidos os endereços físicos da Aljazeera e os seus contactos telefónicos (Contact Us) sem oferecer os contactos directos dos jornalistas.
A História da Aljazeera não apresenta nenhuma interactividade, somente dados (About Aljazeera) tal como a página dedicada às frequências para captar o canal Aljazeera TV por cabo ou por satélite (Frequencies), ou mesmo os tarifários para o E-marketing (E-marketing).
A interactividade ainda está nos seus começos com a possibilidade de receber e-mails com notícias do nosso interesse (News Alerts) ou mesmo no telemóvel (Aljazeera Mobile).
Podemos concluir que mesmo oferecendo alguma interactividade o site da Aljazeera encontra-se ainda atrasado em relação aos seus concorrentes directos não usufruindo de todos os meios técnicos disponíveis ou da interrelação jornalistas/leitores não sendo realmente aproveitada. Ainda nos seus primórdios este site não apresenta interactividade suficiente para se apresentar como um Médium por si só mas sim, como uma transposição dos outros Media do canal Aljazeera.
No ciberespaço ainda existe muito para desenvolver e aprender tanto dos cibernautas como dos webmasters, num meio em constante evolução é urgente obter os conhecimentos certos para acompanhar a evolução. O universo virtual torna-se cada vez mais uma realidade que não podemos descuidar correndo o risco de perder a ligação a um mundo que nunca pára.

Webjornalismo

O jornalismo na “Web” apresenta-se como um compêndio de dados que junta o melhor de cada “velho” Medium: o ponderado e preparado da Imprensa, o som da Rádio e a Imagem em movimento da Televisão.
Mas será a Internet somente uma junção dos velhos dados apresentados num “remake” noticioso que já conhecemos? Creio que não, além da constante actualização dos conteúdos, o simples facto da interactividade ser possível dentro e fora dos Media acrescenta uma visão mais pública, relembrando a “ágora” grega onde cada um pode contribuir, desde que seja um “cidadão electrónico”. A existência de Hiperligações permite-nos desenvolver mais as notícias, nos aspectos que são do nosso interesse ou do nosso desconhecimento, de forma a reconstruir a realidade que por norma os outros Media falham por tempo, espaço ou mesmo opção. Com a explosão da Internet como Médium é-nos possível aceder a uma informação mais alargada, cujo conteúdo não se limita àquilo que nos é dado mas sim àquilo que conseguimos descobrir na rede.
Obviamente esse leque alargado está repleto de hoax e notícias tendenciosas referentes a um mesmo tema. Mas as notícias não são todas elas tendenciosas? Certo, essa conversa é mais para termos na aula de Ética e Deontologia. O verdadeiro desafio do webjornalismo é criar nos utentes o conceito de veracidade que os outros Media demoraram anos a criarem. A virtualidade própria do meio leva-nos a vê-lo como uma fácil manipulação, se não for associado a um grupo físico, cujo nome seja sinónimo de veracidade indiscutível.
A participação da população em geral na produção de notícias e o seu posterior consumo está a tornar-nos cada vez mais activos no mundo Real através do Virtual. A liberdade de palavra está em alta, sendo que mesmo quando “barrados” num determinado site podemos criar o nosso próprio blog ou fórum php com muita facilidade de forma a poder expressar o nosso descontentamento. O jornalismo de amanhã será construído por quem vive as notícias, sendo o papel dos jornalistas actuais o de seleccionar para nós aquelas que mais se amoldem aos seus habituais visitantes dos seus portais/jornais.

quarta-feira, março 23, 2005

Ainda os motores

Apesar de alguns terem tido pouca sorte, a verdade é que o scholar me ajudou, essencialmente por me ter mostrado apenas aquilo que procurava. Foi uma boa experiência.
Quanto ao news... caros amigos: não me convence. É verdade que apresenta seis mil e tal resultados para a busca "Mourinho", mas se mudarmos a pesquisa para "Sócrates" teremos tudo menos o nosso primeiro-ministro. Interessará, é certo, a quem pesquise em jornais estrangeiros. Sugiro, portanto, que se alargue a busca aos jornais de todo o mundo. Porque, apesar do que possa parecer, Portugal ainda faz parte do Mundo. (ou não!)
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Bom fim de semana prolongadito!

Perspectivas das buscas frustradas

Desiludida. A palavra indicada para descrever a maneira como me sinto.
Desde à uma semana que tenho vindo a tentar encontrar bibliografia on-line sobre um tema que é curriqueiro no vocabulário dos estudantes: Semanas Académicas.
Para meu desalento, e apesar de saber que muito se fala das festas dos estudantes, verifiquei que nada existe no universo da Internet sobre tal tema. Busquei no tão prestigiado google, no tão afamado yahoo e até nos menos conhecidos scholar.google ou news.google, mas em vão.
Os únicos resultados de procura que obtive, restringiram-se somente a artigos provenientes dos meios de comunicação social. Artigos esses que não são, de todo, isentos de opinião por parte de quem os escreve e de quem os publica.
É de estranhar que nesta era da informação, em que tanto se escreve, fala, ouve e vê, nada exista de concreto acerca de um tema tão vulgar. Estudos publicados on-line, nem vê-los. Artigos de opinião, muito menos. Enfim... Tanto se fala sobre o tema, mas está visto que não passa de conversas de café. Não há nada que justifique aquilo que se diz. Não há estudos de campo que comprovem as "postas de pescada" que são mandadas para o ar nos meses em que as ditas Semanas Académicas decorrem.
Enfim... Gostaria de poder dissecar um pouco a forma como os resultados aparecem nos motores de busca, mas não foi mesmo possível, uma vez que os termos que usei para iniciar a minha busca não me levaram a lado nenhum. Fica então aqui, uma outra perspectiva das buscas on-line, a perspectiva das buscas frustradas.

segunda-feira, março 21, 2005

Scholar goole diz-me onde anda Mariana!

Pois é amigos, parece que vou ter de discodar de vós, defensores das maravilhas do sholar google. Numa pesquisa pessoal, acerca de Mariana Otero, foi-me 1000 vezes mais fácil (isto para não exagerar) recorrer ao tradicional google do que ao scholar google, ou até mesmo ao news google. Lamento, mas até ao momento não me convenceu. Talvez numa próxima navegação!

Atenção,

O algarve tem um novo produto online. Seria um excelente objecto de estudo. Observatório do Algarve. Futuros "comunicólogos", estejam atentos às novidades do mundo da comunicação!

sexta-feira, março 18, 2005

Ao serviço dos utilizadores?

Uma ferramenta que há muito nos fazia falta. Mas, vai daí, e discordando o do colega Paulo, talvez tenha aparecido apenas no momento certo das nossas vidas académicas. Primeiro, não poderia ter aparecido ainda no primeiro ano do curso - ainda não existia. Depois porque talvez não tivéssemos ainda a sensibilidade e espírito crítico suficiente para trabalharmos com o scholar do google.
Conscientemente a afastar-me daquilo que nos foi pedido pelo docente da disciplina (acerca disso escreverei noutra ocasião), parece-me mais importante que nos debroçemos na nossa atitude perante estas novas possibilidades da internet e não tanto naquilo que as diferencia dos restantes instrumentos disponibilizados.
O poder não está no schoolar, mas sim na forma como o utilizamos. É verdade que podemos inumerar-lhe as vantagens e competências:
- afunila a procura, tornando-a mais especifica e [talvez] menos demorada;
- consegue-se um mais rápido acesso a documentos mais fidedignos, tratando-se de teses, investigações, monografias, obras literárias...;
- o material listado no schoolar também é apresentado na pesquisa normal;
- os resultados do schoolar não estão (por enquanto) acompanhados de publicidade...
E concerteza haverá mais a apontar, mas não sou [ainda] especialista na coisa.
Dizia eu que o poder não está no schoolar, mas sim no uso que lhe dermos. Levanta-se, novamente, a questão da ética e dos Direitos de Autor na internet. Não só não estarão protegidos de académicos sedentos de teses alheias, como os autores dos documentos disponibilizados pelo schoolar poderão, simplesmente, deixar de achar graça à ferramenta. A ideia não será essa, mas decerto que muitos estudantes se aproveitarão, premiscuamente, do trabalho alheio. E, neste caso, será prudente começarmos a pensar na educação e formação para a internet, como sugeria o Cláudio.

quinta-feira, março 17, 2005

Interactividade: A grande promessa do Jornalismo Online


É ponto assente que a Internet trouxe uma nova forma de fazer jornalismo. Hoje a preocupação com a escrita jornalística em Internet já é alvo de muitos estudos. O facto é que este novo meio de veicular a informação abriu uma grande porta ao mundo da comunicação. A actualização é permanente, a interactividade é uma constante e o mundo encontra-se à distância de um clique. Muitos anunciam o fim do tradicional jornalismo, outros dizem que é apenas uma nova e mais sofisticada forma de fazer chegar a informação mais rápido. A crescente preocupação com esta nova realidade fez com que se aperfeiçoassem e estudasse novas formas de redacção das notícias. A deontologia e o profissionalismo são postos em causa embora Elisabete Barbosa (professora na Universidade do Minho) a veja apenas como uma nova forma de se investigar e construir uma notícia. Em fim, as teorias vão-se acumulando. A Internet quebrou sem dúvida fronteiras em que a interactividade é apontada como uma das características mais promissoras que distingue este media dos outros., permitindo que os, antes leitores, se transformem em fontes de informação numa constante inversão de papéis.
Já agora fica aqui uma sugestão: o livro-reportagem "Webjornalismo – Uma reportagem sobre a prática do Jornalismo Online" dos jornalistas e pesquisadores da web Luciano I. Pereira, Rafael R. Silva, e Reinaldo Marangoni, Boa leitura!

Natércia Cordeiro

Internet – O Mundo nas suas mãos.



O contexto da sociedade actual revela-se extremamente acelerada e exigente, onde a tecnologia Internet e Multimedia veio a proporcionar a abolição de fronteiras, o contacto em tempo real, a transparência, a interactividade e, acima de tudo, tempo adicional.
Saliente-se que a Internet faz uso das suas potencialidades "angariando" os "trunfos" dos outros meios de comunicação social. No caso da Televisão a imagem, no caso da Rádio o som. No caso da Imprensa assiste-se, hoje em dia, a um tipo de jornalismo algo diferente do tradicional.
A Internet é sem dúvida um meio privilegiado onde se pode ter um acesso à informação actualizada, de uma forma dinâmica e mais interactiva, se considerarmos todos os outros meios de comunicação. Mas a Internet trás consigo um mundo de questões e problemas. O caso da dependência é um deles. O vício da Internet afecta pessoas de todas as idades e é a mais recente das dependências que pontuam o nosso dia-a-dia. Em Portugal há «ingredientes sociais e culturais que facilitam a ciberdependência» (António Albuquerque*). Mas outra questão igualmente importante será a questão da privacidade. Até que ponto nós seremos livres?
Em suma, a Internet é um meio bastante poderoso, que tem o mundo na "palma das mão" e que, dependendo do uso que se lhe dá, pode ter consequências bastante negativas e até nefastas. Hoje, assiste-se a uma tentativa de adaptação dos meios de comunicação a esta nova forma de difusão da informação, tal como se verifica com a imprensa. Contudo, essa adaptação terá de ser repensada atendendo às características do próprio meio.

Natércia Cordeiro




(*António Albuquerque in noticiasmagazine (DN) 06 março 2005)

quarta-feira, março 16, 2005

Já agora,

conheçam o resto da história do inquérito manipulado.

terça-feira, março 15, 2005

Votações na web

Hoje ao ver o Publico.pt, não deixei de reparar na mensagem a vermelho que aparecia (está na imagem em baixo), falando de uma tentativa de manipulação dos resultados de um inquérito. Que comentários vos suscita esta situação?

segunda-feira, março 14, 2005

Jornalismo real e virtual

REAL - do Lat. reale = res, coisa
que tem de facto existência; que não é imaginário; verdadeiro; efectivo; por oposição a pessoal, diz-se do que é relativo às coisas e não às pessoas; por oposição a nominal, diz-se quando se considera as próprias coisas e não os termos que as exprimem.
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VIRTUAL - do Lat. virtus
que existe como faculdade, mas sem exercício ou efeito actual; potencial; possível; susceptível de se exercer ou realizar; analógico; diz-se das imagens formadas, não pelos raios reflectidos, mas sim pelos prolongamentos destes.
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in Dicionário Universal
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A questão do jornal-online vai além do desaparecimento do jornal físico. Urge, sim, perguntar: que tipo de sociedade estamos a construir com o desenvolvimento do jornalismo-online? Num mundo real, será possível educarmos para o virtual?
Segundo o filósofo francês Pierre Lévy, experimentamos, actualmente, uma espécie de mutação antropológica em que a informática dá vida a um novo tipo de homem: o Homo informaticus. Esse mesmo mundo permite-lhe chegar a qualquer lugar, estando virtualmente presente em qualquer lugar, e cada vez mais ausente da realidade. O jornalismo educa. Ou deverá educar. Saibam, pois, os jornalistas desta nova era virtual criar uma sociedade fundada em pilares reais. E que possam eles perceber a influência das suas palavras nos outros. De uma vez por todas.

Quem tem medo do jornalismo on-line?

Um jornal que não é só papel. Existe virtualmente, na internet, uma espécie de rede sem limites. Os profissionais têm medo desta realidade. Uns porque ainda preferem as cassetes ao mini-disc, outros porque já identificaram as vantagens do jornalismo-online mas falta-lhes a coragem para as admitir.
Digo eu, que nada percebo disto, que a imprensa nunca vai desaparecer. Por muito que a tecnologia avance, haverá sempre quem prefira andar com o jornal enrolado debaixo do braço ou dentro do saco de plástico, como que a exibir o seu q.i. nas manhãs de fim-de-semana. O jornalismo-online ainda tem muito que evoluir para poder ser considerado um lobo-mau. Acho até que tem grandes possibilidades de se transformar num belo príncipe, se beijado pela simpatia do grande público.
Por outro lado, as publicações portuguesas sabem que não podem descurar o mediatismo do fantasma online. Poucos serão os jornais que optam por ficar cingidos à imortalidade do papel. Não se tenha medo deste tipo de jornalismo escrito, pois que "vários estudos têm mostrado que em vez de perderem audiência com as versões on-line, os jornais em papel ganharam novos leitores, que foram conquistados, inicialmente, pelo apelo da informação jornalística disponível na Internet." (Jorge Pedro Sousa, Universidade Fernando Pessoa)
Foi precisamente isto que aconteceu com o jornal regional Região Sul. Como outros, rendeu-se às novas tecnologias e, naquilo que podia ter sido um desastre, encontrou força e novos públicos. Embora não existam ainda dados concretos e fieis sobre o assunto, acredito que muito em breve se chegará à conclusão que o Região Sul é mais lido online do que na versão tradicional. É verdade que, online e em termos de conteúdo, não oferece muito mais do que na versão física, mas revela-se altamente interactivo, permitindo o comentário de notícias, o envio de opinião e mesmo a participação em inquéritos periódicos.
Na internet, o Região Sul tornou-se um diário. Quase que se descola da sua missão original, não esquecendo, porém, que antes da regra vem a moral e, neste caso, o semanário publica notícias diariamente. Talvez por isso a direcção do jornal tenha preferido chamar à edição online do Região Sul "Diário Online". Um bom exemplo da imediatez necessária ao jornalismo online. Tão somente isso.

sexta-feira, março 11, 2005

Par quem não está inscrito bo blogue

Quem, neste momento, não estiver inscrito no blogue envie-me um e-mail: lmpereira@ualg.pt.

www.ua.pt - Prometemos e Cumprimos

No seguimento do tema "Interactividade: A grande promessa do Jornalismo Online", decidi analisar o jornal on-line da Universidade de Aveiro. Os resultados são satisfatórios, sem dúvida alguma. Não tirando o mérito a outros, este é um jornal on-line onde podemos encontrar uma semelhança daquilo que seria, inicial e utopicamente, o espaço público de Habermas, ou seja um fórum independente do Estado e da Economia, permitindo o acesso livre e sem qualquer tipo de censura a qualquer cidadão, onde se poderá discutir ideias ou interesses em comum. Aliás, não é exactamente este o objectivo da internet!!
Passando então a uma análise mais específica, o jornal on-line da UA é bastante apelativo, não tanto pelas suas cores mas sobretudo pelo seu grafismo. A boa estruturação permite-nos vizualizar rapidamente as notícias principais do dia e também as hiper-ligações para aquilo que procuramos. A não deixar de referir é a preocupação deste jornal em informar os estudantes, e todos aqueles que o visitam, não só do que se esta a passar dentro da Universidade mas também informar acerca do que se passa na cidade de Aveiro. Demonstra a conciência de que educação, formação e cultura não se encontram apenas dentro de um campus.
Como não poderia deixar de ser num jornal desta natureza, existe publicidade institucional a Aveiro Digital; POSI (Programa Operacional - Sociedade de Informação) e Portugal Digital. No entanto, não é uma publicidade que choque, que fira o olhar. Deste modo, "uma mão lava a outra" e subtilmente é feita a promoção destas entidades que em troca subsidiam este jornal.
Priveligiando sobretudo a população estudantil, o jornal on-line, apresenta-se com um slogan bastante apelativo: A Universidade em notícias, todos os dias. A actualização diária de notícias, a divulgação de iniciativas, bolsas, concursos em diversas áreas, investigações realizadas, agenda de eventos, entre outros, fazem-me apenas dizer: prometemos e cumprimos! Parabéns.

sexta-feira, março 04, 2005

Webjornalismo - o futuro do jornalismo

O aparecimento de novos meios de comunicação veio alterar o mundo do jornalismo; os tradicionais jornalismos (escrito, radiofónico e televisivo) entram numa fase de adaptação, adaptação ao digital e ao multimédia, muito mais complexo do que o simples jornalismo online. O webjornalismo pode superar o actual jornalismo online visto este não passar de uma transposição dos velhos jornalismo anteriormente referidos.
A Internet, numa primeira fase ligada ao meio escrito, depois ao radiofónico e ao televisivo, assume-se cada vez mais como o motor desta "revolução jornalística". De facto,a Internet pode conciliar as suas capacidades com as necessidades da televisão e da rádio, pois estes meios estão mais dependentes do som e da imagem. Televisões, rádios, mas também os jornais, só têm a ganhar com o aproveitar das enormes potencialidades da Internet.
Destaco vários factores positivos no meio Internet: o imediatismo das respostas, a actualidade e a capacidade de ser quase instantânea. Isto permite um maior relacionamento entre emissor e receptor, em suma, o objectivo do webjornalismo, criar "um jornalismo participado por via da interactividade entre emissor e receptor".
A diferente utilização do texto também é um elemento a ter em conta. Na Internet o texto não é tão linear, usam-se links, completam-se os textos com outros textos mas também com imagem e som.
Quanto ao som, este tem enormes potencialidades e consegue acrescentar credibilidade e objectividade à notícia. O uso de RM`s (registos magnéticos) pode ser bastante positivo quando se trata de som, tal como a utilização de outros textos preenche o texto base.
Tal como o som, também o uso de imagens em sequências de vídeo pode ser sinónimo de objectividade e veracidade. A velha máxima "uma imagem vale mais que 1000 palavras" adquire, neste contexto, toda a sua dimensão, potenciando todas as capacidades do webjornalismo, legitimando-o.
A Internet é um meio de comunicação cada vez mais essencial e indispensável, e a migração dos tradicionais meios de comunicação (jornal, rádio e televisão) para a Internet só comprova toda a sua relevância e um enorme leque de opções e potencialidades por aperfeiçoar e explorar.
Acima de tudo há uma maior imediatez, e o leitor/cibernauta assume o comando do contexto informativo; é ele que decide o que ler, ver e ouvir e quando o fazer, podendo completar a informação com outros textos, músicas, fotografias, vídeos, etc.
Ademar Martins Dias - Nº 21830
Ciências da Comunicação - 4º Ano
Variante de Comunicação Social / Jornalismo

quinta-feira, março 03, 2005

«Links rules»

Aqui e agora, eu e tu temos encontro marcado. Neste texto, eu o autor e tu o leitor cumprimentamo-nos (Olá, como estás? Estou bem, e tu? Bem, muito obrigado? Eu também.) e confundimo-nos: eu sou tu e tu és eu e os dois somos tu e eu. Não estamos sós! Também está aqui uma terceira pessoa: o editor. Não o ignoremos! Temos então autor, leitor e editor todos juntos num texto. Um texto onde aquele que chega é, ao mesmo tempo, um potencial autor, leitor e editor. Quem julgaria isto possível? Viva o texto, viva o hipertexto.
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Viva o Hipertexto», by Luís Ene, in Ene Coisas (clique nas ligações se lhe apetecer partir numa viagem sem regresso)
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Somos um, no todo da internet. Não é difícil estar-se acompanhado. Mais difícil é estar-se sozinho. A interactividade proporcionada pelo meio em causa a isso convida. Ao nível investigacional, da mesma forma que as hiperligações - em geral - e o hipertexto - em particular - devem ser encaradas como uma densa floresta: recheada de uma diversidade incrível, mas com traiçoeiros pântanos. As potencialidades são assustadoras. Sejamos prudentes, ao seguir links. Sejamos, essencialmente, espertos, ao fazê-lo.
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Já agora... Vejam lá este, para experimentarem a interactividade entre quem escreve e quem lê. E quem edita, claro...