quinta-feira, abril 28, 2005

Mais sozinhos do que nunca

Lugar Comum? Sim. De cariz retórico? Não! Muito pelo contrário. Frases soltas como esta pedem desesperadamente respostas e consequentes perguntas novas. Ainda mais se estiverem ligadas a temáticas como o uso e o abuso das novas tecnologias. Mas o problema reside exactamente no facto de não haver agitadores de consciência que abordem e alertem para as consequências do amor cego pelos novos dispositivos de estimação. Este amor cego e viciante que a maioria das pessoas tem pelas novas tecnologias leva, inevitavelmente ao fim do convívio humano. E se pensarmos bem, porque é que havemos de confraternizar no café ou na praia, se podemos falar com quem quisermos pela Internet? Ou assistir a tudo o que se passa no mundo clicando apenas em alguns botões do comando da televisão? Ou ainda ouvir e ver pessoas que estão distantes no espaço, mas perto graças ao nosso telemóvel de alta tecnologia? Tudo isto nos foi trazido pelas novas tecnologias que assumem formas tão familiares como televisão digital, telemóvel de 3ª geração ou mesmo a Internet. Para não nos sentirmos sozinhos, já não compramos um animal, mas sim um kit de Internet ou um telemóvel novo. Mas iremos inevitavelmente por acabar mais sozinhos do que nunca.

Seminário de 28 de Abril

Sites consultados:
» News Gaming
» Cambiemos
» Sight: educação e comunicação
» Persuasive Games
» Food Force

Texto sugerido:
» Rethinking Agency and Immersion: videogames as a means of consciousness-raising, de Gonzalo Frasca

Outras leituras:
Trough their creation of new and different worlds and characteres, video games can challenges palyers' taken-for-granted viwes about world.

James Paul Gee (2003). What video games have to teach us about learning and literacy. New York: Palgrave.

quarta-feira, abril 27, 2005

A Web matou a verdade?


Segundo um artigo da revista Exame, não se pode confiar mais nas publicações on-line, pois uma boa parte delas são amadoras e erradas. Um dos problemas é que, tal como nos diz John C. Dvorak (colunista norte-americano), a informação na Web é uma faca de dois gumes. Primeiro é fácil corrigir coisas erradas (…) Depois, é tudo maleável. Se a data está errada vamos lá e mudamos. O colunista acredita que nenhuma informação correcta irá sobreviver. E este sim é um verdadeiro problema. A parte mais angustiante é o facto de que hoje se ensina nas escolas a pesquisa na Internet como uma ciência. Embora a Internet tenha as suas vantagens e seja uma fonte rápida de acesso à informação, tornou-se numa fonte duvidosa e cada vez pior. Ao contrário do que ocorre na Web, o texto impresso é como se estivesse escrito na pedra. Jornalistas já publicaram como notícia, em jornais americanos, boatos veiculados na Internet.
A única maneira da verdade sobreviver será não acreditar em nada e descobrir, se possível, a fonte original, o dado verdadeiro, pois a Internet estica a verdade como um elástico e não é uma fonte credível.

John C. Dvorak escreve sobre informática nas mais importantes publicações especializadas do mundo. Encontre Dvorak em http://www.dvorak.org/.

terça-feira, abril 26, 2005

Tô chim!

Com a nova geração de telemóveis, o utilizador tem a possibilidade de controlar tudo o que se passa à sua volta. Se lhe roubam a casa, tem a possibilidade de assistir tudo em directo (através de um novo serviço dos Securitas), se o seu filho falta à escola é automaticamente avisado através de sms. O facto é que os telemóveis de hoje têm uma série de funções todas compactadas num simples e pequeno brinquedo. Ele é: vídeo chamadas, Internet, sms, mms, rádio, máquina fotográfica, gravador de voz, televisão (que permite assistir em directo aos jogos de futebol ou ver o telejornal)... O facto é que, o telemóvel anda, cada vez mais, de mãos dadas com a Televisão.
Veja-se que, cada vez mais, se tenta juntar uma série de funções num pequeno objecto. Andar só com uma coisa no bolso, que faça tudo, é muito mais prático. Note-se também que, tudo tende a ser cada vez mais reduzido, miniaturizado. Já existem mesmo, pequenos computadores que tem as mesmas funcionalidades que um computador normal, mas que são puros telemóveis. Hoje em dia, existem no mercado produtos criados especificamente para serem vistos no telemóvel.

A Era da Televisão Digital já começou...

Nos Estados Unidos e na Europa já foi implantada a tecnologia necessária para desenvolver a interactividade na Televisão Digital. Saliente-se que a WBNS já transmite Televisão Digital de alta definição desde 1998. De acordo com uma notícia do Jornal O Público França lançou a Televisão Digital terrestre gratuita no dia 31 de Março de 2005. Em Portugal a Televisão Digital chegaria em 2002 no sistema DVB-T (Digital Broadcasting for Terrestrial Television), mas parece que vai demorar mais um pouco. Especulou-se que o ano de 2001 seria o ano da televisão interactiva, um ano de revolução no sector audiovisual, porém a fraca adesão dos espectadores está a mostrar o contrário. Uma das razões prendesse com o preço dos receptores e do próprio serviço. O uso da tecnologia digital melhorou a qualidade das imagens e sons, mas essa mudança não se faz sentir, pelo menos por enquanto, no formato dos programas. De facto, para se ter acesso à Televisão Digital é necessário despender muito dinheiro. É necessário possuir um descodificador, cujo preço ronda os 400 euros, ou, futuramente, será preciso, mesmo, um televisor digital, que constituirá uma opção muito dispendiosa. Contudo, a Televisão Digital têm as suas vantagens: possibilita uma cobertura mais vasta do que o cabo ou o satélite; permite oferecer uma gama mais alargada de programas e serviços; possibilita outros tipos de recepção (portátil e móvel). Enfim, os principais trunfos são: o acesso à diversidade de informação característico na Internet e uma programação com qualidade que proveja interacção, exploração e imersão. Veja-se que, Al Gore lançou a televisão interactiva na Internet, a Current.tv. Trata-se de um projecto muito semelhante a um “videoblogue”, mas transmitindo muito mais rápido do que por cabo.
Segundo a revista Bit (Junho de 2000), a Televisão Digital permitirá a democratização do acesso à Internet, à criação de uma nova economia digital e a uma definitiva implementação de serviços como o comércio electrónico, o home banding e o teletrabalho. Contudo, esta remará em sentido contrário à chamada “cultura de massas”, ou seja, levará ao individualismo e àquilo que Lipovetsky defendia (A Era do Vazio).
Em suma, será que os conteúdos produzidos serão realmente conteúdos com qualidade suficientemente para levar os espectadores a mudar do analógico para o digital? A ver vamos. A TV Cabo Portugal acredita sinceramente que dentro de 10 anos, cerca de 80% das ligações à Internet serão feitas através de aparelhos de televisão digital interactiva.

sexta-feira, abril 22, 2005

Televisão Digital

A Era do individualismo global chegou. Já ninguém se restringe à sua televisão generalista cujo teor deixa muito a desejar. A personificação dos conteúdos orienta-nos para uma televisão de qualidade, pelo menos segundo prisma de cada um.
A simbiose Internet/televisão traz a este conceito a mobilidade própria de uma sociedade em constante evolução no tempo e no espaço. Ficar em casa para ver televisão? Uma perda de tempo! A televisão, ou melhor dito, o seu conteúdo deve ir atrás de nós. Telemóveis, PDA, Laptop, os nossos programas favoritos devem poder acompanhar-nos e seguir o nosso ritmo de vida. Essencial também é poder oferecer-nos a possibilidade de participar activamente nestes mesmos conteúdos. Através de votações, fóruns ou mesmo participação ou mesmo participação directa por webcam, a televisão torna-se participativa procurando emular os jogos de computador on-line em que nos tornamos parte da acção.
Os telemóveis são os nossos novos brinquedos, cada vez mais computadores “de mão”, a capacidade de telefonar está a tornar-se mais uma opção no meio de tantas outras. Tal como a Internet nos seus primórdios, estas novas opções são um reaproveitamento do que já existe noutros Media (TV, e Internet por exemplo).
O futuro aponta para um especificação dos conteúdos dos telemóveis, sendo futuramente exclusivos ao Médium, tornando-se únicos e realmente diferentes. Para variar estamos ainda muito atrás do que está a ocorrer no resto do mundo industrializado, mas devagar iremos chegar ao mesmo sítio. Esperemos.

scholar.google.com e news.google.com

Mais uma inovação do google que a priori nos irá facilitar a vida nas nossas pesquisas.
Ao tornar a pesquisa mais selectiva permitirá uma melhor eficiência e rapidez nos resultados, desde que os internautas saibam usar esta ferramenta claro está =)
Na tentativa titânica de organizar a Internet, como se de uma vulgar biblioteca se trata-se, os dirigentes da google facilitam ainda mais a nossa vida na pesquisa de documentos de estudo e de notícias.
Uma segmentação da oferta que permite ao utilizador crivar melhor o que a Internet lhe oferece. Quem nunca se deparou com uma pesquisa com numerosos sites que não se adequavam à procura? Tantas vezes… Mas sempre por erro humano, afinal quem não pesquisa exactamente o que pretende, ou não possui as ferramentas para tal, candidata-se a isso. Ainda com uma versão BETA o scholar.google.com promete, pena não ter aparecido mais cedo.
Por sua vez o news.google.com funciona como um portal de notícias, aparentemente ligado a uma porção de agências noticiosas (provavelmente as maiores) o que elimina muita informação nomeadamente a nível local.
O próximo passo será uma segmentação por país, cidade ou mesmo jornal tornando acessível todo o tipo de informação. Claro está que deixará de ser gratuito. Logo veremos, por enquanto aproveitemos as oportunidades que nos são dadas.

quinta-feira, abril 21, 2005

Bibliografia

1. No texto que vos dei, há um pequeno problema, na parte final. Podem ver o texto completo aqui.

2. Também lhes falei da empresa YDrems. Vejam o seu website.

quarta-feira, abril 20, 2005

Blogs: Uma «ágora» na Internet


Em relação ao tópico da liberdade total de circulação de ideias nos blogs, podemos associar isto a algumas ideias defendidas por Habermas, nomeadamente, no que toca ao conceito de “esfera pública”.
A ágora era a praça pública onde se realizavam as assembleias e reuniões na Grécia Antiga, um espaço em que todos os indivíduos podiam expor livremente as suas ideias, sugestões e comentários. Aí, os cidadãos podiam praticar a liberdade de pensamento e expressão nos mais variados domínios do saber. Assim, a ágora, que ocupava na sua génese um espaço físico, uma praça pública delimitada, pode ser agora transportada para um novo espaço, o virtual, na Internet. Assim, originou-se uma nova forma de mediação entre o público e o privado, dado o aparecimento dos blogs que permitiram, por sua vez, novas aparições do “eu” no espaço público.
Esta é uma associação interessante que nos reporta a um período da história onde a circulação de ideias se assemelha, em muito, com esta questão dos blogs. Vendo bem, só muda o meio pelo qual a circulação de ideias é feita, agora de forma virtual.

Blogs: Sim ou não?


Tendo um alcance universal onde a resposta é quase imediata os blogs surgiram e revolucionaram a nossa sociedade. Apesar das suas facilidades, estes também apresentam aspectos negativos que merecem algum tipo de reflexão. Aqui ficam alguns:

Aspectos positivos

- Excelente fonte de informação para: jornalistas, trabalhadores, concorrentes, investigadores;

- Possibilitam o contacto com muitas pessoas – interactividade;

- Congregam as características dos chats, do correio electrónico e dos fóruns;

- Actualização frequente;

- Organização cronológica: os posts são datados;

- Possibilidade de links para outras páginas – intertextualidade;

- Simplicidade de edição de páginas, assim como, o acesso ao conteúdo das mesmas sem necessidade de grandes conhecimentos de web;

Aspectos Negativos

- Perda de privacidade;

- Falta de segurança;

- A possibilidade de surgirem comentários menos agradáveis;

- Exige tempo e dedicação dada a necessidade de actualização frequente.

terça-feira, abril 19, 2005

O levantar do véu

Não resistimos... Fomos saber mais sobre a história dos blogs e decidimos partilhar com vocês. Bem sabemos que não era suposto escrever já, ainda mais sem ler o "tal" livro, mas não resistimos.
Aqui vai.
Corriam os anos 70 quando surgiram os glogs, precursores dos blogs. Estes glogs eram como que diários pessoais de rádios piratas que haviam encontrado aqui uma forma alternativa de expressão. (Informação retirada do texto "História dos blogs" de Vítor Luís)
A história continua até aos dias de hoje, e apesar de algumas coisas terem mudado (como certos termos usados nas blogosfera), parece-nos evidente que a essência dos blogs permanece quase intacta. Quem não conhece um amigo ou colega que tem um blog? Isto já é um lugar comum para todos nós.
Passem, então, uma vista de olhos pelos seguintes blogs:
Vertigens
Estar vivo é o contrário de estar morto
Sempre inocentes
Esperamos que gostem.

Por: Carina Ramos, nº22173
Natacha Sampaio, nº22307
Patrícia Fonseca. nº 19939

Publicar uma imagem

Para publicar uma imagem que já esteja on-line devem fazer o seguinte:

1. Clicar no botão "Imagem" na barra de formatação.




2. Copiar o código html e alterar o endereço. Em seguida, clicar em "preview" para ver se está a funcionar.

segunda-feira, abril 18, 2005

Como não consegui publicar a imagem aqui vai o endereço electrónico: http://fix.viabloga.com/images/Repreneur005.gif
Vejam ...

Era uma vez…

Era uma vez um weblog, ou mais conhecido por blog, uma espécie de “diário virtual”, em formato electrónico, hospedado na Internet.
O mundo da “blogosfera”, acessível a muitos milhões de pessoas, é um mundo onde a liberdade de escrita e troca de opiniões é total, constituindo um espaço onde qualquer pessoa pode dizer o que pensa sobre um determinado assunto, numa troca de conhecimentos instantâneos. Blog é a abreviação das palavras inglesas web (rede) e log (diário de bordo onde os navegadores registavam os acontecimentos das viagens). Os posts, ou seja, os textos publicados, são dispostos de forma cronológica, de modo a que o texto mais recente apareça em primeiro lugar, no topo da página. Regra geral, a maioria desses sites possui um sistema de comentários. A simplicidade e a gratuidade do sistema fazem com que os blogs se tornem, cada vez mais, numa moda que, ao que parece, não é passageira.
Nos anos 70 apareceram os glogs (CyborgLog). Estes consistiam em diários pessoais feitos pelas rádios amadoras – estes foram os antepassados dos blogs. Nos anos 90 começaram a surgir os fóruns na Internet, as listas de e-mail, a “Usenet” e os “bulletin boards”. Os blogs, por assim dizer, só nasceram em 1997. O seu nome deve-se ao norte-americano Jorn Barger, que utilizou o termo para definir as páginas pessoais que utilizavam ferramentas que permitiam a ligação a outras páginas e o uso de “blogrolls” (gestão de links) e “trackbacks” (gestão de arquivos) e, ainda, comentários aos textos publicados.
Mas a evolução dos blogs só ocorreu em 1999 com o aparecimento do Pitas, um site que tinha bastantes semelhanças com os blogs actuais. O Blogger surgiu logo depois, tornando-se na ferramenta mais utilizada, hoje em dia, para a construção deste tipo de sites.
As primeiras ferramentas utilizadas pelos blogs, foram criadas por Dave Winer com a invenção do serviço de “trackback”, ou seja, a possibilidade de ligação de blogs a textos pessoais mais antigos, através de um link na própria página. Através dos links criados na página de cada um dos blogs, que por sua vez, conduzem a outros, e através do sistema de comentários, surgem as chamadas comunidades virtuais.
Em 2002 deu-se a expansão dos blogs. Os manuais de utilização e construção de blogs começaram a surgir em massa. Já em 2003, surgiram também os primeiros blogs especialistas em política, nomeadamente, os de Daniel Drezner e de J. Bradford DeLong. O surgimento do Open Software permitiu uma actualização constante e desenvolvimento mais acelerado das ferramentas utilizadas.
Em Portugal, o blog considerado fundador deste movimento foi a “Coluna Infame” dos jornalistas Pedro Mexia, Pedro Lomba e João Pereira Coutinho.
Segundo uma pesquisa na Blogcensus, o português é apontado como a segunda língua mais utilizada nos blogs (só perde para o inglês).

Jornalista ou Blogger???

O mundo da “blogosfera” é, muitas vezes, equiparado ao do jornalismo. No entanto, tratam-se de dois “campos de batalha” distintos. Uma das principais características dos blogs é o facto de serem mais opinativos do que informativos. Saliente-se que, os jornalistas têm uma formação específica para o exercício da sua actividade ao contrário dos "bloggers". A “blogosfera” não exige especialistas ou profissionais qualificados para publicar seja o que for on-line. Já aos jornalistas é exigido o rigor, a confirmação das fontes, credibilidade, ou seja, têm de seguir o código deontológico. No entanto, ambos apresentam aspectos semelhantes. Os "bloggers" e os jornalistas trabalham com assuntos que interessam à sociedade e, para além disso, permitem a aproximação com o público.
Outro aspecto é que os blogs primam sempre por serem, ou por terem, um cariz pessoal, o que não pode, ou não deve acontecer no jornalismo, dado a um factor denominado PROFISSIONALISMO.

Saliente-se que, os weblogs podem-se tornar num importante instrumento de comunicação entre os seus autores, a comunidade onde se inserem e a sociedade em geral. Podem-se criar mesmo espaços de reflexão sobre uma área, disciplina ou curso, como por exemplo, as ciências da comunicação. No Ponto Media, um blog de António Granado, é possível encontrar informações sobre o mundo da comunicação com ligações a artigos sobre esta temática, para além discussões sobre vários assuntos sobre a área. É mais um blog, à semelhança de muitos outros, que possibilita um espaço reflexivo, de análise e discussão.

3 notas

1. Ao contrário do que havia prometido, só deixarei amanhã o livro Weblogs, diário de Bordo (por isso, o vosso comentário poderá surgir até à próxima segunda-feira).

2. No entanto, em Blog Research and References (sugerido em Ponto Media), podem consultar alguns textos, pelos menos os que estão on-line.

3. Vejam esta referência que foi feita ao nosso blogue pelo blogue Indústrias Culturais. (Podem agradecer a referência.)

sexta-feira, abril 15, 2005

Bloggers, blogueiros, bloguistas, cronistas, escritores...?

O Baessa coloca a questão da utilização do nome original desta nova ferramenta e, suponho, também estranhará a não existência de uma denomiação para aquilo em que ele - e todos nós - nos tornámos. Seremos os originais bloggers, os brasileiro blogueiros ou os [quase] portugueses bloguistas? Indo mais longe... seremos escritores, cronistas, anotadores, curiosos ou qualquer outra coisa? Dependerá muito daquilo a que nos propomos, sem dúvida, e - neste caso - somos apenas alunos a cumprir uma tarefa escolar. Pois bem... há quem tenha uma visão muito definida sobre o assunto.
Leiam
este autor, que se considera primeiro escritor, só depois blogger. Aproveitem, se estiverem na onda, e leiam também este artigo, do qual destaco a seguinte passagem: "Bloggers são jornalistas? É uma questão complicada, diz Werbach. Alguns deles, por exemplo, são de fato jornalistas —fazem entrevistas, organizam matérias noticiosas e opinam sobre eventos da atualidade —, ao passo que outros são pessoas comuns que escrevem sobre as últimas férias da família." [sic]
O que não falta por aí são reflexões sobre o que são, de onde vêem e para onde vão os blogs e os bloggers. Ou blogueiros... ou... ....

Diversidade e Democracia

Será repetitivo dizer que há blogs para todos os gostos, mas não é mentira, nem tam pouco devemos ignorar o fenómeno a que assitimos - uns mais atentamente que outros.
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Será literatura? Será jornalismo? Será política? Economia? Sociedade? Poesia? regional? Nacional? Global?... Alguns tudo isto, outros apenas um diário.
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Sem me querer demorar, apresento-vos blogs temáticos bastante interessantes e que, no fundo, reúnem em si um pouco de tudo o que é ciência. Visito-os praticamente todos os dias, e, todos os dias, cresço um bocadinho com eles. É quase como ler o "inabalável" Público. Boas viagens!
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Terra da Alegria - 7 bloggers publicam, sempre à sexta-feira, uma reflexão sobre a religião, sobre Deus, sobre crenças. Tornou-se um ritual, fizeram um logótipo e tudo. Grafismo acessível, sem links para blogs que não os dos colaboradores do espaço.
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Escrita Ibérica - Fernando Esteves Pinto, escritor com obras publicadas, lançou-se na blogosfera com a sua literatura agreste, ácida, por vezes cruel ou incomodativa. Agita, e isso é bom. Não recomendável a [falsos] puritanos.
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Policromia - vive - como o nome indica - das cores das fotos publicadas (sem referências aos autores, no entanto). Diria que é charmoso, encantador e leve. Bom para ler nos momentos cinzentos.
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Vida de Casado - Só fala disso mesmo: da vida de casado, mas visto pelos olhos de um homem. Hilariante, inspirador e muito criativo. Aconselho a quem esteja down.
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Do Portugal Profundo - polémico, interessantíssimo, já valeu um processo em tribunal ao seu autor, por divulgar informações sobre o caso "Casa Pia". Apreenderam-lhe PC's, buscaram-lhe a casa e o carro da mulher. Tudo porque se expressou livremente, na internet, num blog. De facto, foi o primeiro blogger português acusado em nome da liberdade de expressão.
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1001 pequenas histórias - um dos meus preferidos, talvez pela simplicidade da escrita e pela enormidade do seu sentido. O blogger - Luís Ene (co-autor do primeiro livro português sobre blogs) propõe-se a escrever mil e uma pequenas histórias. No momento da publicação deste post, Ene contava 846 histórias na blogosfera e duzentas e tal publicadas num livro lançado este mês. Excelente!

quinta-feira, abril 14, 2005

Atrasada mas ensinada!

Pois é!Já muito foi descoberto acerca de blogs de professores. Confesso a minha impotência, neste mar de blogs, para descobrir mais.
Mas algo re-aprendi, nesta nova era de infomação e da rapidez, o "há pouco tempo" já é antigo e o "ontem" foi há quase um século, perdoando a hipérbole!

quarta-feira, abril 13, 2005

Ainda a propósito do cd-room!

Depois de ler as várias postagens, verifico que a opinião acerca do cd-room não é, sem dúvida alguma, unanime. Nesta questão (será ou não uma nova tecnologia revolucionária para o nosso dia-a-dia?), coloco-me numa posição ambivalente! Evocaria lasswell e os seus 5 w - o que? quando como quando onde - ou seja, tudo depende do conteúdo e do momento. Poderá ser a galinha dos ovos d´ouro ou um doce sem açucar.
Desculpem a "não-lineariedade", não acredito nela!

terça-feira, abril 12, 2005

Diários de bordo electrónicos

Nem mais, nem menos. Acontece que o Homem sonha, o mundo avança e, quando damos por nós, já não é a "bola que gira nas mãos de uma criança", mas as teclas do QWERT que imprimem no écran os nossos pensamentos, crenças, devaneios, palpites, disparates, confusões mentais, clarezas de espírito, desejos, canções, alter-egos, mentiras, verdades, alegadas leituras e - neste caso particular - reflexões sobre o curso, sobre a cadeira, sobre o sistema, sobre a Universidade, sobre os problemas e as problemáticas (private joke), sobre os blogs e sobre o que se diz sobre os blogs que falam de blogs.
No início do 3º ano (Setembro de 2003) tive oportunidade de realizar um trabalho para uma disciplina de opção que abordava, precisamente, essa - então - emergente forma de comunicação. Na altura pouca gente sabia do que se tratava. Foi interessante perceber que, desde então, a epidemia atravessou todas as fronteiras sociais e hoje, quem não tem um blog, é como quem não gosta dos Domingos. Acho linda, a forma informal e intuitiva como as coisas aconteceram e - felizmente - o Belmiro de Azevedo ainda não se deu conta do monopólio que isto podia vir a tornar-se!!! (Falemos baixinho, não vá o Sr. ouvir!)
Os media pouco ligaram ao fenómeno, embora já tenham percebido que são uma óptima fonte de informação. Os políticos - os que governam - talvez já tenham ouvido falar, mas estão demasiado ocupados em angariar tostões. E eu, que faço parte do povinho - ignorante, feliz e que adora Domingos, acho muito bem que os blogs tenham crescido sem ajudas externas. A blogosfera cresceu à custa dos bloggers (ou blogueiros). Com a sua dedicação, profusão, alimentação e constantes diarreias mentais. É bonito!
Melhor ainda quando se aproveita esta ferramenta para falar de coisas que dizem respeito a nós, alunos do ensino superior:
- Blogouve-se - "Um homem pode ver este mundo sem olhos. Olha com ouvidos apurados"
- Indústrias Culturais - "Pesquisas e leituras no domínio das indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, vídeo, videojogos, música, livros e centros comerciais). Blogueiro desde 26 de Dezembro de 2002"
- Periodistas 21 - "Periodismo, medios e ideas"
- NetFM - "Reflexões Radiofónicas na Rede"
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Bem sei que não são da Universidade do Algarve (à excepção do último) mas acho que já todos foram referidos. Estes servirão também ao debate.

mais um blog...
http://moskonteiros.blogs.sapo.pt/
Notícias diversas sem nenhum interesse académico... ou não =)

segunda-feira, abril 11, 2005

Até os Sims já têm um blog!

Isto dos blogs dá que falar!
Fiquei pasma ao ler o blog que, supostamente, foi criado por um aluno da universidade dos Sims. Este blog tem relatos de um estudante, videos comprometedores e outras coisas engraçadas.
Visitem-no! (Para quem ainda não percebeu, estou a falar dos Sims dos jogos de computador e de Play Station.)
Por outro lado (e agora num tom mais sério), achei muito interessante o blog "Fenómenos dos blogues em Portugal" da Joana Baptista. Esta senhora realizou um estudo sobre este tema e resolveu partilha-lo através de um blog. Muito pertinente, só é pena ter tão poucos posts e ter (aparentemente) morrido por ali.

A Era dos blogs

Está na moda. É "giro" ter um blog e estar sempre a escrever muitas coisas, partilhar com os amigos os nossos dias, os nossos pensamentos, a nossa vida. Está na moda ter um blog.
Mas há blogs e Blogs. Faço esta distinção por achar que há que diferenciar os blogs que são simples diários dos Blogs que realmente tratam assuntos actuais e pertinentes, que interessam a muito mais pessoas para além do circulo de amigos. Aqueles que qualquer pessoa pode ler como se de uma revista "especializada" se tratasse. E por isso, encaixo neste grupo os blogs temáticos, os com ligações politicas e os de estudantes (entre outros).
É destes últimos que vou falar um pouco, dos blogs de estudantes, professores, disciplinas ou cursos.
Quando queremos saber mais acerca destes blogs não é nada díficil. Vamos a um motor de busca e já está! Dezenas de blogs escritos por alunos e professores de cursos variados. E embora cada um deles esteja subordinado ao seu tema, são muito similares. Em todos assistimos aos desabafos, críticas ou simples narrativas (de carácter informativo ou não) de pessoas que frequentam o ensino e decidiram deixar o seu legado na blogosfera. Todos eles nos dão moradas de links úteis, quer estes sejam de outros blogs da àrea, de sítios electrónicos ligados à temática em questão, enfim, um mar de informação contido num "simples" blog.
E depois temos aqueles que claramente são escritos por obrigação e aqueles que nascem de um desejo de comunicar e partilhar informação. Mas é sempre interessante entrar e ler.
Por exemplo, encontrei um escrito por um professor (da nossa àrea) da universidade do Porto, que fala sobre diversos assuntos, como comunicação (obviamente), actualidade, blogosfera, sociedade, etc. O blog chama-se "JornalismoPortoNet weblog" e merece ser visitado.
Ainda dentro da àrea da comunicação, encontrei outro, este por sua vez é americano, e que se chama "A J-School Year". É muito semelhante ao anterior, mas menos completo (a meu ver). Mas vale sempre a pena lá ir, nem que seja para ler o post sobre a ética na blogosfera ou para perceber como é que, apesar de tão distantes, estes alunos americanos podem ser tão parecidos conosco.
Encontrei ainda outro, escrito por estudantes de enfermagem do Instituto Superior de Sáude do Alto Ave, que não só tem dicas bastante úteis para os estudantes da àrea, como também para qualquer pessoa que o visite. Li neste blog, de seu nome "Futuro Enfermeiro", um post que falava em como podemos substituir algumas coisas que comemos e estão carregadas de calorias por outras que são muito parecidas e não têm tanto valor calórico. Muito interessante.
A lista de blogs deste género é imensa e poderia ficar aqui a escrever sobre muitos outros, mas penso que não vale a pena. Ao visitarmos os blogs sugeridos acima, podemos ter uma clara ideia de como eles funcionam, do seu estilo próprio. São blogs escritos por estudantes e professores para estudantes e professores. Que mais se pode dizer?

sábado, abril 09, 2005

A Imprensa Regional no séc. XXI - REFLEXÕES

Dado a questões relacionadas com a matéria, pareceu-me interessante falar-vos sobre uma conferência a que assisti e que me pareceu merecer uma séria reflexão.

Hoje, dia 9 de Abril, teve lugar no auditório de Vale de Lobo uma conferência sobre a imprensa regional. Organizada pelo Jornal do Algarve, na sequência do seu 48º aniversário, a conferência intitulada «A Imprensa Regional no séc. XXI», contou com a presença do Dr. Pinto Balsemão, do Dr. Fernando Reis (director do Jornal do Algarve) e do senhor Sander van Gelder (presidente do grupo de empresas de Vale de Lobo).
Primeiramente, Fernando dos Reis
falou-nos sobre a valorização da imprensa regional, algo que me pareceu de importante reflexão, uma vez que, a imprensa regional desempenha uma importante função na sociedade, visto que tem uma maior proximidade e papel mais intersectivo com a comunidade em que se insere, do que os grandes meios de comunicação social.
Segundo uma sondagem da Marketest (20003/20004), a imprensa regional no Algarve apresenta uma percentagem de 10, 97%, alcançando a melhor média a nível da imprensa regional.
O jornal do Algarve prima pela seriedade e pelo amor ao Algarve. O seu fundador, José Barão, pretendia um jornal em que a sua voz que se fizesse ouvir do Algarve à outra ponta de Portugal. De facto, trata-se de um projecto informativo que tem acompanhado as constantes inovações tecnológicas. A substituição do off set, do preto e branco pelas cores, por uma edição on-line, pela formação dos seus colaboradores, entrando na Era Digital. Este jornal, parceiro do Expresso, tem como objectivos «o combate por grandes causas e desenvolvimento da região» – palavras de Pinto Balsemão.
Vejamos agora outra questão. Uns anunciavam o desaparecimento da imprensa escrita com a chegada dos novos meios, contudo, não passaram de meras superstições, pois a imprensa soube adaptar-se e tirar partido das mesmas. Ela soube «agarrar o futuro» (Pinto Balsemão). Por seu turno, é agora que se valoriza mais a cultura. As novas tecnologias trouxeram, sem dúvida, novos desafios, com a criação de sites, edições electrónicas, onde se podem actualizar constantemente as informações. De vincar que, a linguagem em papel é diferente da linguagem em Internet pelas próprias características do meio. A recente tecnologia como a RCC de que nos falou Pinto Balsemão, trata-se de uma forma de selecção dos conteúdos muito à semelhança da «actualité google» de que falamos já em aula. Saliente-se que esta questão fez com que jornais como o Expresso on-line passassem a ser pagos. Já com 2000 assinaturas, principalmente os estrangeiros, conseguem aceder à adição primeiro em on-line do que em papel. Outra funcionalidade será a pasta dos arquivos, muito útil para investigadores que pretendem aprofundar informação.
Vivendo na chamada 3º Revolução, a da Informação, Balsemão falou-nos ainda do livro «Nós os Média» em que evidencia o facto de que todos nós nos tornamos jornalistas, numa troca de ideias em que existe apenas «uma linha divisória entre produtores /leitores de informação». Toda a gente informa e actua, ao fim ao cabo, como jornalistas sem regras, sem deontologia. Isto leva-nos para questões de manipulação de informação que podem ser orientadas por motivos religiosos, políticos, e que põem em causa a credibilidade de fontes.
A Internet apresenta um turbilhão de novidades, pioneirismos que tem de amadurecer e que não pode ser considerada como algo de nocivo. Tem de haver um equilíbrio entre o sistema clássico e o jornalismo emergente. Neste sentido, podemos falar dos blogs que são opinião, mas também informação. No entanto, deve-se ter em atenção quem escreve a informação. No caso da SIC o “cantinho dos comentários” teve de ser suspenso dado às barbaridades que nele eram colocadas, bem como notícias falsas.
Vivemos numa sociedade de universalização da informação, onde tudo nos chega em tempo real. Vejamos o caso do funeral do Papa que foi acompanhado por todos os cantos do mundo ao mesmo tempo. Saliente-se que, embora tenham havido tentativas de universalização de, por exemplo, canais televisivos como a CNN ou a BBC essas fracassaram. Por exemplo a MTV tentou emitir um programa para o mundo inteiro veiculando uma cultura musical planetária, tentativa que fracassou.
Os media são causa e efeito do que está a acontecer. A cultura global não triunfa e os meios de comunicação têm de preservar as culturas – papel dos Jornais Regionais. «Todos os media devem lutar para os nacionalismos e regionalismos».
Nesta Era da Informação, devem-se criar laços tribais com a cultura, numa sociedade que se organiza cada vez mais em rede. Pinto Balsemão mencionou que temos necessidade de um novo Marx, de rever ideologias, de criar novos sistemas preservando os valores que criem defesas contra tudo isto. Por sua vez, os novos poderes são de difícil controlo porque são globais. E os meios de comunicação devem funcionar como antídoto.
Os novos meios oferecem-nos novas possibilidades, de informação mais rápida e actualizada o que condiciona o jornalismo e a nova forma de fazer jornalismo. As empresas tendem a ser multimédia, em que o público receptor é, cada vez mais, interveniente.

quinta-feira, abril 07, 2005

O que é um blog?

Blog é uma abreviação que os internautas criaram para o termo inglês "weblog". É uma espécie de diário de bordo mas online, um "log-book" ("livro de registros" ou "diário de navegação", em inglês) no qual se registra tudo desde, pensamentos, poemas, receitas, desejos, comentários sobre temas diversos, no fund0 qualquer coisa que nos apeteça. «Uma das características essenciais do blog é ele ser um espaço de dados em que os textos são organizados cronologicamente, conforme a data em que são postados - exatamente como num diário de papel ou agenda pessoal. É disto que vem o seu dinamismo. Os blogueiros (ou “bloggers”), aqueles que escrevem os blogs, seguem o compasso do tempo porque necessitam publicar suas idéias exatamente no momento em que elas acontecem». Os blogs tem a vantagem de serem estremante fáceis de construir.
O manifesto das tribos telemáticas de hoje são os blogs, numa forma original e tecnologicamente contextualizada de chamar a atenção para o seu universo. Ignorá-los ou encará-los apenas como breve modismo é correr o risco de passar ao largo das evoluções do ciberespaço nosso de cada dia.
Blogs:
Vejam também:
Estudo sobre consumo de notícias na Internet

Um blog sobre a nova forma de fazer publicidade para os apaixonados por esta arte.
EDUCOMUNICAÇÃO / EDUCOMUNICACIÓN, também muito interessante.
Já agora para quem gosta de cinema vejam la butaca.

El Espacio del Dircom, um blog sobre a Comunicacão e os seus meios.
Um olhar pessoal pelas novidades e tendencias do ciberperiodismo.

Exemplo de apresentação de blogue

Pedagogia dos Media Electrónicos é um blogue colectivo, onde os alunos de 4º de Ciências da Comunicação e os professores da disciplina publicam algumas reflexões acerca das matérias em estudo.

quarta-feira, abril 06, 2005

Agora a sério:

acham mesmo necessário que o Expresso, a Visão, o Público, a Porto Editora, a Bertrand, etc, etc, publiquem Cd-rom's para sabermos do que se passa no mundo? Até onde iremos, nesta sede do "sempre mais"?
Na disciplina de Publicidade abordámos um tema que, de repente - me parece transversal a este, dos Cd-rom's: "Jornal ou revista que não tenha uma colecção ou não ofereça um brinde, sofre uma quebra nas vendas", considerou a professora Paula Cordeiro. O mesmo acontecerá, em breve, com o Cd-rom. Qualquer dia, a mala de praia oferece a revista X enquanto que a medalha comemorativa da ida à lua oferece o semanário y. E quem sabe, talvez, o cd-rom com o programa do Governo ofereça, depois, um bilhete para ir ao Jardim Zoológico.

"É só acabar de ler este CD-Rom..."

Caso o CD-Rom vingue enquanto veículo e arquivador de informação (de texto, imagem e som) como prevejo que sim... esta será a frase mais proferida nas esplandas dos cafés ao Domingo de manhã. Ou nas casas-de-banho. Ou na cama, antes de apagar a luz. Ou no intervalo da aula. Ou...
É verdade e mais que sabido que a evolução - quer tecno quer sociológica, nos obriga a procurar novos sentidos, novos caminhos, novas formas de comunicar a nossa passagem na História. Devo estar com as expressões faciais que lia no meu avô, há quase 20 anos, quando me dizia que, qualquer dia, o "Homem inventava telefones de levar no bolso". Eu achava graça, mas ele achava um absurdo. Completo. E fazia uma cara de repulsa. Talvez parecida à minha neste momento, enquanto falo daquele pedaço de plástico revestido de uma camada fina cujo nome desconheço e que comporta um exorbitante volume de informação. Sou avessa às mudanças. Ou pelo menos, pouco crente. Ainda mais quando imagino que o CD-rom pode vir a substituir as centenas de livros que guardo religiosamente, as largas (tão largas) dezenas de revistas temáticas que se atropelam nas estantes do meu quarto ou ainda o simples jornal comprado no tal Domingo de manhã. Não suporto a ideia de vir a dispensar o cheiro da tinta nas folhas ou a textura das páginas em papel couché gloss... Que me desculpem os modernaços dos dias de hoje, os fulanos da Assembleia Digital da República ou os saborosos metrosexuais, mas eu não me dou bem com plásticos. Nem dos sacos das compras eu gosto!
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Quanto ao propósito do post... reflectir sobre as vantagens do Cd-Rom, não é? Ok, terei de assumir: ocupa menos espaço na prateleira, transportam-se sem esforço físico e serão bons guardadores de memórias... Mas não me tirem os cheiro, o tacto e o prazer de ler um livro, uma revista, um jornal sem ser nas minhas mãos.
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(de repente sinto-me um bocadinho Carlos Carvalhas...)

terça-feira, abril 05, 2005

CD ROM: uma fonte de armazenamento pouco lembrada

Mais uma vez, fui ao google pesquisar. Iniciei a minha busca com os seguintes termos: “vantagens do CD ROM”. O primeiro resultado foi o do CD ROM do ciclo de engenharia. Este site brasileiro mostra um novo produto, que consta num grupo de livros sobre esquema eléctricos de linha nacional e importada e com informações técnicas para o ramo de reparação automotora (um total de 14 livros). Obviamente que há uma enorme promoção ao produto, dizendo até que este CD ROM “tem busca rápida” e “È um gerenciador de banco de dados”.
O resultado logo abaixo foi o de um Workshop de treino rápido, com cursos multimédia em CD ROM.
Poderia continuar mas parece-me que já perceberam onde quero chegar… Não é, de todo, difícil reparar que todos os resultados remetiam para aquisição de CDs ROM e leitores de CDs ROM. Ponho as seguintes questões: Porquê estes resultados? Qual o critério utilizado para que os resultados estejam dispostos desta maneira? (foi apenas um desabafo que nos levou de novo à temática dos posts anteriores).
Voltando ao assunto principal, a minha intenção não era realmente saber quais os CDs ROM que posso adquirir, sobre que temática e onde. Eu gostava mesmo de saber quais as reais vantagens de utilização deste recente instrumento de armazenamento de informação.
Uma vez que não encontrei o que buscava, aqui vai a minha reflexão sobre a utilização do CD ROM: Este instrumento de armazenamento de dados, estejam eles sobre a forma de texto, imagem ou som, permite compilar grandes quantidades de informação num suporte digital. Parece-me óbvia a vantagem de o podermos levar para todo o lado e consultar a qualquer momento se, claro está, dispusermos de um computador para o ler.
Lembro-me que o primeiro CD ROM a que tive acesso, foi o da Diciopédia da Verbo. Muitas vezes o consultei para elaborar diversos trabalhos escolares. Hoje em dia nem procuro informação neste tipo de suportes, pois prefiro recorrer a bibliotecas ou à Internet. Devo até admitir que nem sequer me lembro que existe este tipo de suportes informativos. Também não ajuda o facto de a maioria dos CDs ROM temáticos terem um preço considerável.
No geral, penso que o uso de CDs ROM não está ainda generalizado, uma vez que, tal como eu, muitas pessoas tendem a procurar a informação noutros suportes, nomeadamente, na Internet.
Deixo então umas perguntas no ar: se o acesso fosse facilitado, não haveria uma maior procura? Se, por exemplo, nas bibliotecas também houvessem grandes estantes de CDs ROM não estaríamos mais familiarizados com esta fonte de informação?

segunda-feira, abril 04, 2005

CD-Rom e hipertexto en prensa

O CD-Rom oferece-nos grandes potencialidades e facilidades de trabalho. De facto, uma das suas grandes potencialidades reside efectivamente na sua grande capacidade de armazenamento de informação. Saliente-se que é um objecto de grande utilidade que implica custos mínimos. O seu acesso equipara-se à de uma página da Internet onde o utilizador pode navegar por entre os seus vários conteúdos como se se trata-se de uma simples página on-line. Tal como podemos comprovar na análise do CD-Rom do Expresso na aula, para além de podermos aceder aos conteúdos do CD-Rom também existiam links que nos permitiam aceder às páginas on-line da Internet sobre o tema exposto. A existência de hiperligações e hipertexto permitem uma maior interactividade, potenciando uma grande margem de manobra ao utilizador.
Aliado à tecnologia, permite funcionalidades surpreendentes em que se pode armazenar de forma massiva uma grande quantidade de informação, seja ela texto musica, vídeo ou imagem, funcionando como uma excelente base de dados.
Por seu turno, um CD-Rom pode ser gravado mas não se pode voltar a modificar a informação nele contido. Isto apresenta-nos a um aspecto positivo e outro negativo, pois não podemos voltar a mexer no texto, uma vez gravado nada se pode fazer. No entanto, isto pode ser positivo quando se fala em manipulação de informação. Apesar de não podermos corrigir informação, isso também não permite a manipulação da mesma. Por sua vez, a informação gravada poderá ser recuperada sempre que se quiser.
Veja-se que a imprensa está a recorrer cada vez mais a este tipo de meios para divulgar as suas informações, pois, num objecto como o CD-Rom, podem gravadas grandes quantidades e diversidades de informação sem custos adicionais coisa que o jornal impresso não pode fazer, visto que, uma página a mais significa mais dinheiro investido.Este pequeno objecto permite, em suma, o armazenamento, a recuperação e a difusão da informação de modo fácil e barato. Podemos compara o CD-Rom a uma grande enciclopédia que trás grandes vantagens nomeadamente para os Centros Documentais.

sábado, abril 02, 2005

CD-Rom, informação na palma da mão

Seguindo os passos das revistas especializadas em Informática, todo e qualquer jornal já apresenta ou apresentou um CD-Rom exclusivo, alusivo a um tema (música, jogos, eventos culturais ou históricos etc.).
A informação dispensada é sempre muito densa, mas apresentada de forma visualmente agradável e intuitiva na sua navegação. Desta forma o saber é transmitido aos utilizadores de uma maneira mais suave e estimulando vários sentidos para que seja facilitada a sua compreensão.
As possibilidades do Multimédia favorecem em muito a comunicação ao permitir tanto a leitura como a audição e o visionamento de imagens ou filmes aportando aos temas uma maior oferta não linear de saberes. Aliada à diversidade de dados oferecidos, não podemos esquecer a facilidade de transporte e de armazenamento dos CD-Roms que nos permite condensar obras inteiras num pequeno disco. Cada vez mais a informática e as suas aplicações apoderam-se das nossas vidas tornando as ligações entre objectos e humanos mais intensas e extensas (tanto pode ser feito com tão pouco!), tornando o computador a ferramenta do homem moderno. A possibilidade de nos ligarmos à biblioteca de Alexandria virtual que é a Internet acrescenta mais uma hiperligação para os temas do nosso interesse encontrados no CD-Rom. Mais uma vez a interactividade age como um efeito dominó permitindo atingir e apreender dados mais rapidamente e facilmente que através de livros ou pesquisas físicas “in loco”. Para quem as saiba usar, as “novas” tecnologias são uma aproximação da informação junto do Homem e não o contrário como antes acontecia, centrando o esforço mais na vertente meditativa do conhecimento em vez de na sua pesquisa.
A evolução já tem um nome: DVD-Rom, mais capacidade de armazenamento, mais rapidez para juntar mais informação com mais precisão. Não tarda nada, já lá chegam as revistas não informáticas, por agora elas andam pelos DVD-Rom Double Layer. Cá vos esperamos.